30 dias da tentativa de golpe! – Natuza Neri

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Sobre os Atos Institucionais

Durante o Regime autoritário civil militar de 1964 a 1985, houve uma sistemática preocupação dos donos do poder em buscar legalizar suas atividades e comportamentos, instituindo uma legalidade adequada.

Sucessivos Atos Institucionais, Atos Complementares e até Decretos Secretos firam instituídos para dar conta dos interesses e objetivos, casuísticos ou não.

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Especialistas da RAND dizem que forças dos EUA costumam perder ao defender Taiwan durante jogos de guerra de mesa


By Redação Forças de Defesa- 28 de março de 2021181831

Nos jogos de guerra, a China geralmente vence e os navios de guerra e aeronaves dos EUA são mantidos à distância
WASHINGTON – O enorme acúmulo de armas na China levantou dúvidas sobre a capacidade dos Estados Unidos de defender Taiwan se uma guerra estourasse, refletindo uma mudança no equilíbrio de poder no Pacífico, onde as forças americanas outrora dominavam, dizem autoridades americanas e especialistas.

No combate simulado em que a China tenta invadir Taiwan, os resultados são preocupantes e os Estados Unidos costumam perder, disse David Ochmanek, um ex-oficial do Departamento de Defesa que ajuda a organizar jogos de guerra para o Pentágono no think tank RAND Corp.

Em exercícios de mesa com a América como a “equipe azul” enfrentando uma “equipe vermelha” semelhante à China, a força aérea de Taiwan é exterminada em minutos, as bases aéreas dos EUA no Pacífico são atacadas e navios de guerra e aeronaves americanos são mantidos à distância pelo longo alcance do vasto arsenal de mísseis da China, disse ele.

“Mesmo quando os times azuis em nossas simulações e jogos de guerra intervieram de maneira determinada, eles nem sempre conseguem derrotar a invasão”, disse Ochmanek.

Uma guerra por Taiwan continua sendo o pior cenário que as autoridades dizem não ser iminente. Mas a crescente proeza militar da China, juntamente com sua retórica agressiva, está transformando Taiwan em um potencial ponto de conflito entre Pequim e Washington – e um caso de teste de como os EUA enfrentarão as ambições de superpotência da China.

O chefe cessante do Comando Indo-Pacífico das Forças Armadas dos EUA, almirante Philip Davidson, alertou os senadores neste mês que os EUA estão perdendo sua vantagem militar sobre a China e que Pequim poderia decidir tentar tomar o controle de Taiwan pela força até 2027.

“Estamos acumulando riscos que podem encorajar a China a mudar unilateralmente o status quo antes que nossas forças possam dar uma resposta efetiva”, disse o almirante ao Comitê de Serviços Armados do Senado.

“Taiwan é claramente uma de suas ambições. … E acho que a ameaça se manifesta durante esta década, de fato, nos próximos seis anos.”

Analistas de inteligência dos EUA alertaram por mais de uma década que o poderio militar da China estava progredindo em um ritmo dramático e que a superioridade dos Estados Unidos estava evaporando no Pacífico, disseram autoridades de defesa ao NBC News. Só agora a mensagem finalmente atingiu o alvo, com as batalhas simuladas levando ao ponto principal.



“Você traz tenentes-coronéis e comandantes e os sujeita por três ou quatro dias a esse jogo de guerra. Eles levam uma surra e têm uma reação visceral a isso”, disse Ochmanek. “Você pode ver o aprendizado acontecer.”

Vinte anos atrás, a China não tinha chance de desafiar com sucesso os militares dos EUA no Estreito de Taiwan, e os planejadores do Pentágono podiam contar com superioridade aérea quase total e a capacidade de mover porta-aviões perto da costa leste de Taiwan.

Mas uma China mais próspera investiu em novos navios de guerra, aviões de guerra, armas cibernéticas e espaciais e um enorme arsenal de mísseis balísticos e de cruzeiro projetados para minar o poder marítimo e aéreo das forças armadas dos EUA.

“Quando você olha para os números e alcance de sistemas que a China implanta, é muito fácil deduzir qual é o seu principal alvo, porque praticamente tudo o que eles constroem pode atingir Taiwan. E muitas coisas que eles constroem realmente só podem atingir Taiwan”, disse David Shlapak, pesquisador sênior de defesa do think tank RAND Corp., que também trabalhou em modelos de jogos de guerra envolvendo a China.

Cada geração de mísseis chineses tem “alcance cada vez mais longo”, disse um oficial sênior da Defesa, e os mísseis representam um dilema crescente para os EUA em como penetrar na área ao redor de Taiwan, disse o oficial.


DF-21B, míssil balístico chinês “matador de porta-aviões”
Semeando dúvidas
Mesmo que a China se abstenha de ação militar direta contra Taiwan, as autoridades e analistas dos EUA temem que Pequim possa eventualmente forçar Taipei a ceder à pressão militar e econômica constante que cria uma percepção de que os EUA não podem garantir a defesa da ilha.

“Em algum momento a China tem capacidade militar suficiente para empurrar os taiwaneses a algum tipo de acordo, onde você nunca entra em uma luta, mas é apenas aquela ameaça pairando sobre a cabeça de Taiwan?” disse o oficial de defesa.

Se a China tiver sucesso em subjugar o governo democrático de Taiwan, isso enviará ondas de choque através da rede de alianças dos Estados Unidos e fará com que outros governos democráticos na Ásia duvidem da confiabilidade e força de Washington, disseram autoridades e especialistas.

FONTE: NBC News

Sobre ameaças de guerra em 1945.

Não tenho como verificar esta informação pois só a encontrei numa postagem, mas achei interessante e crível.

Abordando o discurso ocidental de uma reiterada e frequente ameaça soviética/russa aos seus interesses, justificando sempre a imposição de medidas defensivas, o autor alega que elas são e sempre foram infundadas. Daí ele aponta no período imediato do pós-Segunda Guerra Mundial três planejamentos de operações ofensivas contra a então URSS:

Totalidade do Plano (1945): destinou 20 cidades soviéticas para a obliteração em um primeiro ataque: Moscou, Gorki, Kuybyshev, Sverdlovsk, Novosibirsk, Omsk, Saratov, Kazan, Leningrado, Baku, ashkent, Chelyabinsk, Nizhny Tagil, Magnitogorsk, Molotov, Tbilisi, Stalinsk, Grozny, Irkutsk e Yaroslavl.
A Operação Impensável (1945) assumiu um ataque surpresa de até 47 divisões britânicas e americanas na área de Dresden, no meio das linhas soviéticas. Isso representou quase metade das cerca de 100 divisões (cerca de 2,5 milhões de homens) disponíveis para as sedes britânicas, americanas e canadenses da época. (…) A maioria de qualquer operação ofensiva teria sido realizada por forças americanas e britânicas, bem como forças polonesas e até 100.000 soldados alemães da Wehrmacht.
Operação Dropshot (1949): incluiu perfis de missão que teriam usado 300 bombas nucleares e 29.000 bombas altamente explosivas em 200 alvos em 100 cidades e distritos para acabar com 85% do potencial industrial da União Soviética em um único golpe. Entre 75 e 100 das 300 armas nucleares foram destinadas a destruir aviões de combate soviéticos no solo.

A informação consta numa publicação

Uma “lição” muito necessária sobre os bombardeiros russos Tu-160 na Venezuela.

30 de dezembro de 2018

O que foi a Conferência de Washington de 1922?

Concluída a 1ª Grande Guerra a Marinha Real ainda era a maior força naval do mundo, então constituindo-se de 61 encouraçados (mais que França e EUA reunidos ou duas vezes a soma das unidades italianas e japonesas), além de 120 cruzadores  e 466 destroiéres.

Mas os estaleiros ingleses não haviam lançado nenhum novo encouraçado desde o fim da guerra, enquanto os Estados Unidos incorporaram 97 destróieres e 10 novos cruzadores.  Neste contexto o secretário de Estado norte-americano, Charles Hughes, propôs a redução das forças navais o que afetaria diretamente a principal defesa do império.

Ganhava força na Inglaterra a ideia de uma “fraternal” aproximação anglo-saxônica nos dois lados do Atlântico, e assim foi se tornando claro que havia uma certa necessidade de escolher os lados.  Na Ásia a não renovação do acordo naval anglo-japonês levou ao fortalecimento dos setores mais militaristas da sociedade nipônica, por se considerarem tratados como “parceiros menores”.  Diretamente isso deixou a Inglaterra frente a um Japão rancoroso, uma China hostil a todos os estrangeiros e uma URSS francamente adversária.  Isso quando poucos anos antes a aliança entre Tóquio e Londres havia liberado a Marinha Real de defender a Austrália e a Nova Zelândia especialmente, pela cobertura dada pela marinha japonesa. De aliado, agora o Japão era claramente um concorrente e o império britânico estava sozinho!

O tratado levou ao descarte de 657 navios da Royal Navy, sendo 26 encouraçados e cruzadores.  Para o almirantado o tratado fora uma “rendição vergonhosa”; para o Japão, um “insulto nacional”.  A fórmula 5-5-3 (500 mil toneladas para a Inglaterra e os EUA e 300 mil para o Japão) enfraqueceu a Grã-Bretanha e colocou os japoneses no campo inimigo de ambos.

Observando-se as razões para essa anuência em assumir uma posição algo secundária podemos enfatizar essa “relação especial” entre Washington e Londres, mas também a deterioração econômica decorrente da guerra de 1914-18.  Por causa do conflito a dívida nacional tinha crescido 14 vezes e metade da arrecadação de impostos ia para o pagamento de juros.  Lançar-se numa “corrida naval” com os norte-americanos poderia levá-los a executar a dívida que o império tinha com eles e que agravaria todo o quadro de dificuldades.  Finalmente, a ideia de que uma era de pacifismo se ia iniciar após a Grande Guerra também contribuía para uma menor propensão em gastar os poucos recursos em exércitos e esquadras.

Quando a 2ª Guerra começou, em 1939, a Inglaterra viu-se numa situação muito menos favorável que aquela de 1914: uma Alemanha rearmada e vingativa tinha agora dois aliados que ameçariam o império no Mediterrâneo (Itália) e no Pacífico (Japão). Além disso a Rússia era agora parte do bloco de inimigos, os Estados Unidos se manteriam neutros até 1941 e a França, ao contrário da guerra anterior, em breve seria derrotada, ocupada e seus recursos anexados ao esforço de guerra alemão.

 

Qual a culpa de Guilherme II para a 1ª Guerra Mundial?

Guilherme 2º – kaiser da Alemanha

 

A culpa do kaiser e da Alemanha foi estabelecida pelos vencedores no Tratado de Versalhes, porém esta imagem é no mínimo discutível.  a começar pelo fato de que França e Alemanha tinham exércitos de tamanho equivalente mas, enquanto os franceses tinham 39 milhões de habitantes, os alemães eram cerca de 70 milhões.  Quem era mais militarista?

Na crise originada com o assassinato de Franz Ferdinand, John Keegan aponta que “A Áustria queria apenas punir a Sérvia…A Alemanha desejava não mais que um êxito diplomático que tornasse seu aliado austríaco mais forte aos olhos europeus; não queria a guerra.”  A Bethman Hollweg (chanceler austríaco) Guilherme disse antes de partir de férias “Você cozinhou essa sopa, e agora vai tomá-la”.

Quando os sérvios aceitaram a maior parte das exigências austríacas ele comunicou ao imperador da Áustria que as razões austríacas para a guerra haviam “caído pr terra”. Assim como tentou demover o czar Nicolau II da Rússia em apoiar uma resistência sérvia contra Viena e diante de uma proposta inglesa para manter-se neutra na guerra que começava, ele foi confrontado pelo comando militar com a rigidez dos planos militares que exigiam a violação da neutralidade belga – o que levou a Inglaterra à guerra justificada.

O kaiser em uniforme dos hussardos da Caveira da Morte

Embora gostasse de cultivar uma imagem guerreira, militarista, belicosa, etc. provavelmente para compensar o defeito físico de um braço atrofiado, o imperador alemão já estava no poder a 25 anos sem travar uma guerra sequer.  A própria Alemanha travara sua última guerra em 1871 e estava agora, em 1914, distante 43 anos daquela.

Por outro lado as demais potências se haviam envolvido em inúmeras conflagrações: EUA, Itália, Japão, Turquia, Rússia…

O que ela ganhou com as guerras de 1864, 1866 e 1870?  Dois ducados dinamarqueses e duas províncias francesas, o que era muito pouco para ostentar a marca de “ave de rapina empenhada em dominar o mundo”.

Fonte: BUCHANAN, Patrick J.  Churchill, Hitler e a “Guerra Desnecessária”. RJ, Pocket Ouro. 2008.

 

Socialismos Utópico e Científico?

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No século XIX surgiram as primeiras críticas mais estruturadas ao sistema capitalista de produção e a sociedade liberal burguesa.

Os socialistas da primeira metade do século, como Proudhon, Fourier, Louis Blanc e Robert Owen propuseram uma série de medidas destinadas a melhorar as condições de vida da classe trabalhadora, diminuindo a exploração sobre a mesma e reduzindo as desigualdades sociais.  Aumentos salariais, melhores condições de trabalho, investimentos em melhor qualificação da mão de obra, etc, representavam aspectos relevantes de suas propostas.

No cômputo geral, apelavam para uma transformação pessoal do patronato baseada em elementos de natureza moral.  Apesar de gozarem de bastante prestígio em sua época, em nenhum lugar porém suas proposições foram efetivamente aplicadas ou chegaram a produzir, de fato, alguma transformação social.

Foi a partir das obras de Karl Marx e Friedrich Engels que estas propostas foram diretamente criticadas pela esquerda.

Partindo da ideia que o processo de supressão das desigualdades sociais dependia da conscientização da classe trabalhadora (luta de classes), da eliminação da propriedade privada e da burguesia como classe dominante, os ditos científicos apontavam como ingênuas as propostas de seus antecessores.  Veio dai a qualificação daqueles como utópicos.

O movimento de resistência contra a exploração dos trabalhadores culminaria num processo revolucionário que só podia ser levado a termo pelo conjunto desta classe.  Consequentemente, não podia depender de iniciativas individuais para que a exploração fosse eliminada.  Somente com a conscientização e mobilização da classe operária é que se faria a superação do capitalismo.

Outro aspecto criticado pelos marxistas era o caráter paternalista que o socialismo utópico propunha.  Para estes era a partir da benevolência dos patrões que mudanças ocorreriam; ao contrário, os marxistas atribuíam ao operariado o protagonismo de sua emancipação, por intermédio de uma ruptura violenta e profunda.